O tanto que não sei é enorme. Pra começar, nem sei mensurar considerando o tamanho do mundo. E aqui, até então, só falo de fatos concretos, ações. E não de sentimentos, de intenções ou ideias. Que podem ser tão concretos quanto as ações, mas são muito mais difíceis de saber.
Quando era mais nova eu tinha uma brincadeira: Fingia conversar mentalmente com as pessoas que gostava, quando estavam longe, e elas me respondiam. Hoje em dia, escritora falida, sequer consigo imaginar um diálogo verossímil entre eu e meu benzinho. Que pretensão eu tinha quando criança.
Perdi as certezas da época, hoje vivo cheia de dúvidas sobre o mundo, as intenções alheias (e as minhas), as possibilidades, os perigos e a verdade. Talvez acreditar na verdade ainda seja pretensão, alguns não acham que exista. Eu acredito que um trabalho divino de análise pode exprimir a verdade. Nós podemos arranhá-la.
Com tanta dificuldade pra se chegar nas respostas, porque ainda mentimos e nos recusamos a buscar a honestidade em nós? Não há necessidade de complicar mais ainda a vida humana, que já anda no fio da navalha.
Vejo o esforço da honestidade como mais um desses trabalhos de formiguinha pra mudar o mundo, mas, às vezes, a pretensão vem muito a calhar. Pros outros eu constantemente finjo que sei o que estou fazendo, e funciona; pra mim, o tempo todo.
Com tanta dificuldade pra se chegar nas respostas, porque ainda mentimos e nos recusamos a buscar a honestidade em nós? Não há necessidade de complicar mais ainda a vida humana, que já anda no fio da navalha.
Vejo o esforço da honestidade como mais um desses trabalhos de formiguinha pra mudar o mundo, mas, às vezes, a pretensão vem muito a calhar. Pros outros eu constantemente finjo que sei o que estou fazendo, e funciona; pra mim, o tempo todo.
31/08/2021
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