Alguém me disse recentemente "se você quer tocar violão, basta praticar cinco minutos por dia. só cinco minutos" e fui tentando, acabei fazendo trinta, sessenta minutos por dia. Hoje estava especialmente empolgada de conseguir pegar com mais facilidade a Piscar o olho, da Tiê. Cada pestana acertada, ainda poucas, e acorde bem executado me fazem um pouco mais feliz. Considerando o número de acordes tocados em uma música pode-se dizer que estou felicíssima?
Mas esse post é sobre eu indo explorar o canal do cifra club, como quem não quer nada, e de banda em banda, comentário em comentário ter pousado minha atenção em duas bandas maravilhosas: Shaman e Avantasia. Uma brasileira e a outra alemã, ambas se cruzam em estilo. A primeira power metal progressivo e a segunda heavy metal. Dados tirados da mais pífia pesquisa do google porque eu mesma não entendo nada de metal, na verdade agora a pouco estava conjecturando que diabo de estilo era esse que entrava em meus ouvidos.
Outro dia, fim do ano passado, fui assistir um cover de Metallica. Caí como num filme de efeito ruim no meio de um bar cheio de cabeludos, gente dançando frenética na frente de um palco, música alta pra caramba e eu tentando assimilar tudo aquilo. Ainda me lembro da sensação de ir ao banheiro apertadinho daquele lugar e ver o mundo girando. É bem atordoante.
Não que eu tenha desgostado da música, mas gostar, eu também não tinha. E me limitei a adicionar Nothing Else Matters na minha playlist.
De experiências passadas já sabia que era café com leite nessa história de "rock pesado", e raramente me atraía todo esse clamor de guitarras e gritos. Entretanto, pega de surpresa me deparei com essa obra de arte que linko abaixo:
Como já dito, me perguntei: O que é isso? É ópera?
E seguiu-se o encantamento pela sobreposição dos ritmos, a cadência da voz que canta, a sensação quase visceral de ouvir a voz junto com os instrumentos, mas principalmente a atmosfera clássica/épica impressa pela música. Empolga, mas também relaxa.
Não é comum se deparar com obras que te fazem se arrepender de ter clicado tanto no botão do like outras vezes. Ou te põe tão interessada em conhecer mais.
A comparação com o estilo em voga na minha playlist atual é inevitável. Como a maioria eu tenho frequentado o tiktok, confesso que um pouco antes da quarentena, e inevitavelmente adicionei várias músicas que a galera usa nos vídeos. Evidente que uma música, famosa ou não, nesse ou naquele estilo, carrega seu sentido próprio. Mas minha primeira impressão foi a de que isso que eu estava ouvindo se diferenciava bastante de uma música "fabricada" que andamos ouvindo. É o eletrônico, a letra feita, o sentimento rasinho, rasinho. Ou a galera que se passa, passa estilo, e fica nisso mesmo.
Então. Essa foi a minha primeira impressão, aí pensei de novo. Poxa, eu nem vi as traduções, o som é legal mas, e aí?
E pensei um pouco incomodada, de estar reproduzindo, sobre essa cultura de que certos estilos são melhores que outros. Bem representado na rivalidade adolescente entre o funk e o rock. Mais bem representado aqui por mim mesma na adolescência, treze aninhos, em que me passava de rockeira, até hoje como vemos sem nenhuma autoridade pra falar de que estilo gosta, e amava ouvir um funk na zoeira com os amigos. É a brotheragem na música.

E continuando o assunto, descobri também a Avantasia.
Das que ouvi não são tão suaves como Shaman, mas também interessantes. Segue link: https://www.youtube.com/watch?v=d84cZivhT84
Agora arranjei um tema pra pesquisar de vez em quando. Metal, seus subgêneros e a cena brasileira. Quem sabe volte com mais ideias no futuro? Quem sabe me torne uma dessas cabeludas que curte um som no bar? Ou uma mina estilosa usando blusa de banda, que eu sempre quis mas nunca tive dinheiro nem gosto pra isso? Só o tempo dirá, meus caros.
Hoje fico por aqui, blogosfera, vou tentar ouvir Angra e ver se gosto também.
Aliás, no meio dessa pesquisa também me deparei com Sidney Magal, mas isso é história pra outro post.
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