Quando estou bem consigo olhar a felicidade alheia com bons olhos e palavras generosas. Olho as postagens políticas com mais disposição, e ignoro as publicidades com tranquilidade. Olho e interajo, compartilho e percebo, questiono, pesquiso. Quando se está bem é um feed totalmente novo. Mas quando se está de normal pra baixo vira um negócio muito chato, só receber, receber... Sem nunca devolver, sem parar e sem sentir muita coisa boa.
De vez em quando penso sobre essa outra dimensão que é a tecnologia, o celular, o pc... Já se imaginou parado olhando pra um pedacinho de metal? Meu avô vive falando disso, e tem horas que paro e imagino, eu mesma na terceira pessoa, me observo: eu deitada na rede com a coluna meio torta, a perna já dormente, o olho vidrado ((e sem óculos)), lábio rachando, sono atrasado e as mãozinhas sustentando um negocinho preto bem pequenininho. Mas por causa da mente esse corpo só agora tomou consciência, só agora foi ocupado. Antes estava ligado por um fiozinho que mantinha o piloto automático enquanto a consciência viajava por um sem-fim de informações e lugares.
E é engraçado pensar nisso, em como ficamos imersos em outro mundo. Com fones de ouvido então... Cada vez mais.
Imagino se quando criarem os Never Gear da vida vão haver (com certeza) redes sociais, blocos de notas, calendário menstrual. Imagine todos esses aplicativos do celular convertidos em realidade virtual. O que poderiam oferecer? Redes sociais seriam como esses joguinhos, você põe o avatar e vai pra uma sala de bate-papo, só que na real daria pra editar a sala, pra comprar cenários famosos, e um menu virtual pra selecionar a pessoa com quem conversar. Ia fazer sucesso mas demorariam a se acostumar: mesmo usando um avatar a sensação de segurança de estar anônimo por trás do teclado é mais confortável. Quem sabe fizessem uma silhueta de anônimo pra isso?
E pro bloco de notas? Seria como estar frente a uma parede gigante pra riscar, ou quem sabe uma mesinha com vários bloquinhos disponíveis, um design clássico. Mas o melhor de tudo seria ter a liberdade de criar nesse mundo virtual, mais ainda do que hoje. Lembro de uma revista da Luluzinha Teen que falava sobre isso. Tenho certeza de que quando o The Sims for adaptado pra realidade virtual eu não saio dele nunca mais!
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