Estou presa naquele círculo. Não é ansiedade, nem tédio, nem medo... Tampouco felicidade. É um estado de incômodo, de esperar algo. O algo que aconteça e me salve, e me resolva.
Seguro o celular como um amuleto, manipulo como uma droga. Meus dedos abrem e fecham os mesmos feeds, desejo encontrar algo que quase não poderia estar preso entre reclamações, publicidade e filosofia barata.
Não me interessa a política rasa e repetitiva. Não me comovem as tragédias públicas ou privadas. Não me agrada ver as pessoas vivendo suas vidas.
Me espeta o estômago a mesquinhez alheia.
Algumas vezes surgem textos interessantes: Uma referência de música, uma reportagem analisando algum fenômeno moderno, fanservice.
E aqueles textos ou frases que me alcançam. Então eu salvo, pra que não se percam na maré de atualizações. Ilusão, como se futuramente fosse extrair dali algo mais do que o significado: ação.
Mas, para esse fim, não precisaria salvar o que considero importante. Uma vez salvo volto para a ação de rolar o feed.
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