Quando tomei banho precisei lavar o ínfimo resquício do seu toque no meu corpo, a maioria dos carinhos ficou nas costas da minha blusa.
Junto com a camada de álcool em gel que tirei da palma da mão se foram a maciez dos seus cabelos, a poeira da sua blusa e as células mortas da sua pele.
Quando dormi precisei dar adeus ao dia que dividi contigo. Minha máscara pendurada espera que o vento leve os vírus que tu involuntariamente lançou ao me dirigir a palavra.
Quando peguei o fone, no entanto, uma surpresa. Sua cera de ouvido ainda repousa junto com a minha.
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